TEATRO +
Cenas de Karl Valentin - Comédia em dois actos e qualquer coisa
Disponível em escolas e itinerância (mediante marcação)
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Sinopse:
Karl e Valentin viajam juntos em busca do momento perfeito. Duas personagens insólitas, que se entendem de uma forma especial, preparam o espaço e trazem no seu baú ferramentas para um acontecimento que envolve o espectador, que entra no jogo, como participante de uma fotografia para mais tarde recordar. Estes “fotógrafos” trazem consigo uma mala cheia de embaraços, desconcertos, surpresas e confusão.
Sobre o espetáculo:
Estes fotógrafos passam por nós como um furacão. Esta passagem é como um acontecimento que não se resolve, cru e grotesco, explorando sobretudo através do acidente da linguagem que subverte a realidade, brincando sobre a natureza do seu desarranjo, descobrindo-a sempre mais simples e transparente e mais cruel e complicada do que gostamos de pensar e o resultado é: desconhecido.
Enquadramento histórico:
Há quase cem anos, o Dadaísmo e o Surrealismo irromperam como formas de nos confrontar com as distâncias entre o mundo normal, aquele de que nos fala a narrativa oficial, e o mundo real, onde a desconformidade e o acaso determinam a sua lei. Dessa distância nasce um intervalo cómico que Karl Valentin explorava sobretudo através do acidente da linguagem e que nos permite hoje olhar o mundo em crise e reflectir, brincando, sobre a natureza do seu desarranjo.
A dramaturgia de Karl Valentin integrou um movimento anti-racional claramente contra a guerra e os padrões estabelecidos para a sua época.
Um teatro que se opõe a qualquer tipo de equilíbrio que combina o pessimismo irónico e a ingenuidade radical. Um teatro que enfatiza o ilógico e o absurdo e que apesar da sua aparente falta de sentido tem como estratégia principal denunciar e escandalizar. Uma aposta numa dramaturgia que continua a fazer todo o sentido nesta Europa, também hoje caótica, em que a insistência na falta de lógica e na gratuitidade dos acontecimentos deixa de ser um absurdo e passa a funcionar como um espelho crítico de uma realidade incómoda.
Do estilo de Karl Valentin, interessa-nos também a exercitação da estrutura fonética, buscando o jogo cómico em redor das palavras.
Adaptação dos seguintes textos de Karl Valentin:
“Conversa interessante”; “O projector avariado”; “Bofetadas”; “A loja dos artigos fotográficos”; “O encadernador de Wanninger”; “Onde estão os meus óculos”; “No chapeleiro”; “ No fotógrafo”.
Encenação: Duarte da Silva e José Redondo
Cenografia e figurinos: Duarte da Silva q.b. e José Redondo q.b.
Música original: E inovadora
Assistência de encenação: Não há
Assistência de cenografia: Muito menos
Interpretação musical: Duarte da Silva e José Redondo
Colaboração: Vasco Redondo
Montagem: Duarte da Silva e José Redondo
Desenho de Luz: Depende da hora
Banda sonora: Chimpanzé, Bébé, Serra Eléctrica, Copo de Vidro
Cabeleiras: Dos próprios
Supervisão de caracterização e postiços especiais: Não existe
Interpretação: Duarte da Silva e José Redondo
Produção: Propositário Azul
Público-alvo: Alunos do 1º ciclo de escolaridade
Duração aprox.: 35 a 40min.