Babel

Sinopse

Uma bailarina amputada e um homem que a compra. A relação de dependência que os liga reflecte o desajuste a uma realidade que esmaga o ser humano: ele precisa do amor dela, ela da protecção dele. Para sobreviver ela é obrigada a dançar num clube nocturno situado no quadrante reservado aos “inferiores” (aleijados, gordos, loucos…) Ele, para conquistar o amor dela, “vende tudo o que tem, tudo o que é” e vence uma eleição para criar uma lei que permita que ela viva com ele. No horizonte, o plano já tentado, mas falhado, de tomarem a NAVE, hipótese derradeira de libertação do mundo em que vivem.

Na bíblia “Babel” é uma torre que os homens decidem construir para alcançarem Deus. A arrogância e a ambição deste propósito é castigada com a confusão das línguas que o precipita na destruição. Letizia Russo, jovem e consagrada dramaturga italiana, pega neste símbolo e projecta-o numa metrópole do futuro, em que o edifício mais alto, de nome Babel precisamente, representa o apogeu duma evolução tecnológica e social, cujos parâmetros de funcionamento parecem conduzir as relações para um vazio afectivo que exclui, nas pessoas, a vivência da sua própria interioridade.

Um actor e uma actriz em cena, num espaço despojado, interpretam este texto, seco, por vezes críptico e cruel, de ritmo entrecortado, pondo a nu uma interioridade amputada, debilitada, mas defendida até ao limite. O corpo é o derradeiro reduto para estabelecer uma comunicação, já que as palavras resultam desajustadas. É pelo corpo, ou pela evasão a ele, que se tenta resgatar um sentido para a própria existência.

VÍDEO de apresentação AQUI

Texto: Letizia Russo

Encenação e tradução: Sónia Barbosa

Interpretação: Nuno Nunes e Sónia Barbosa

Desenho de Luz e Direcção Técnica: Cristóvão Cunha

Cenografia e instalação vídeo: Steven Brys

Música original: Kubik

Apoio ao movimento: Leonor Keil

Figurinos: Sónia Barbosa

Cartaz: Luís Belo com fotografia de José Alfredo

Vídeo: Luís Belo

Execução do figurinho "Boquinha": Elisabete Pinto

Produção executiva: Adilson Gomes, Nuno Nunes e Sónia Barbosa

Produção: Propositário Azul

Apoios: Teatro Bruto, NACO e Teatro Viriato

Apoio financeiro: Secretário de Estado da Cultura |Dgartes

O Teatro Viriato apoiou também a Residência Artística que decorreu entre Outubro de 2011 e Fevereiro de 2012, com apresentação pública na sala principal do Teatro Viriato a 10 de Fevereiro de 2012.

Estreia:

7 e 8 de Setembro de 2013 no Festival Palco para Dois ou Menos promovido por NACO, Escola de Oliveirinha, Carregal do Sal.

Digressão 2013:

ITÁLIA (falado em italiano)

ROMA: 13 de Setembro às 21h - Teatroblue (com apresentação em língua portuguesa no dia 12 de Setembro).

PRATO: 15 de Setembro às 21h - Spazio Compost (com conversa com público e artistas associados ao Spazio Compost após o espetáculo).

PORTUGAL / PORTO: 15 e 16 de Novembro às 22h - Fábrica Social

Espetáculo: M/16

Preço dos bilhetes: 5 € (preço único)

Reservas e Informações:

T: 213 243 065 – t: 934 817 066

propositario.azul@gmail.com

Projeto financiado por:

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